02/02/2020 - Atualizado há 1708 dias.
ECONOMIA - As chuvas que atingiram o Espírito Santo em janeiro causaram um prejuízo estimado de mais de R$ 88 milhões na agropecuária capixaba. Entre as principais atividades afetadas estão a cafeicultura, a fruticultura e a horticultura. A bovinocultura tanto de leite quanto de corte também foi impactada.
A estimativa foi apurada em um levantamento feito pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) em parceria com as prefeituras municipais, sindicatos rurais, federações, associações e cooperativas.
O levantamento foi feito com base nas informações colhidas nos 22 municípios onde foram decretados Situação de Emergência e Estado de Calamidade Pública. Nestes, os prejuízos são da ordem de R$ 64 milhões. Também foram identificadas perdas em cinco municípios limítrofes ou localizados na mesma região daqueles relacionados nos decretos, que somam mais de R$ 23 milhões de reais.
Os cinco municípios que mais tiveram prejuízos nas atividades rurais foram: Iúna, Anchieta, Piúma, Vargem Alta e Muniz Freire. “Vale lembrar que esta é uma estimativa, um levantamento preliminar. As informações são atualizadas na medida em que seja possível acessar áreas e comunidades rurais que não tiveram, ainda, seus prejuízos contabilizados”, destacou Rachel Quandt Dias, que responde pela Gerência de Assistência Técnica e Extensão Rural (Gater) do Incaper.
O Diretor-Presidente do Incaper, Antônio da Emater, destacou que as equipes estão mobilizadas e atentas às necessidades específicas dos produtores nos municípios mais afetados. “Procuramos restabelecer a estrutura do Instituto, que também sofreu danos, para continuar prestando assistência adequada aos agricultores dentro das nossas possibilidades. O Governo do Estado está sensível às demandas da agricultura e, juntamente com a Secretaria Estadual de Agricultura, pode inclusive acionar parcerias para propor novas soluções. Infelizmente, alguns prejuízos são incalculáveis”, lamentou.
Machado disse ainda que inicialmente, o Instituto disponibilizou toda a equipe para elaboração dos relatórios das perdas. “Em seguida, a orientação foi para que nossas unidades priorizassem o atendimento a esses produtores afetados, no que se refere à emissão de laudos técnicos a fim de dotá-los da documentação necessária para que possam pleitear seguros, se tiverem, e solicitar a prorrogação de contratos. Já estamos em contato com agentes financeiros para que analisem as possibilidades de atendimento prioritário a esses agricultores”, detalhou.