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1.800 jornais impressos fecharam as portas nos EUA de 2004 a 2018

05/05/2019 - Atualizado há 2026 dias.

1.800 jornais impressos fecharam as portas nos EUA de 2004 a 2018

A indústria de mídia jornalística está em disrupção há cerca de duas décadas nos Estados Unidos. Reportagem do diário The Wall Street Journal traz as estatísticas mais recentes que indicam o fechamento de 1.800 jornais impressos nos EUA de 2004 a 2018, citando estudo da Universidade da Carolina do Norte.

Da Redação.

A reportagem cita Nicco Mele, diretor do Shorenstein Center on Media, Politics and Public Policy, da Universidade Harvard. Ele diz: “É difícil de enxergar um futuro no qual os jornais continuem a existir”. Para Mele, metade dos atuais veículos jornalísticos dos EUA devem acabar fechando suas portas até 2021.

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O Journal conclui também que se acentuou a divisão entre as centenas de jornais locais norte-americanos e poucos veículos de expressão nacional. As operações locais continuam indo à falência e conseguindo progredir pouco no mundo digital. Alguns gigantes nacionais têm obtido sucesso em suas edições na internet.

The New York Times – tem hoje 3,4 milhões de assinantes digitais, numa operação que começou em 2011. Mas há uma curiosidade: 2,7 milhões assinam de fato para ler notícias enquanto que 700.000 são clientes dos serviços de palavras cruzadas e culinária do jornal. É uma indicação de como os negócios de mídia precisam olhar para outras formas de rentabilização além da publicação de notícias. Com esse modelo, o Times tem neste início de 2019 uma redação com 1.550 jornalistas, o maior número de profissionais em toda a sua história;

The Wall Street Journal – o jornal é desde 2007 de propriedade da News Corporation (da família do magnata australiano Rupert Murdoch) e tem 1,7 milhão de assinantes digitais. Adotou o modelo de paywall em 1996. Nessa época, muitos veículos jornalísticos nos EUA não acreditavam que isso poderia ser viável: cobrar dos leitores para ler seus textos na internet. Apesar de seu forte ser o acompanhamento da economia e do mercado financeiro, o Journal é hoje 1 veículo aclamado pela amplitude de sua cobertura sobre todos os assuntos;

The Washington Post – tem 1,5 milhão de assinantes digitais. Lançou seu paywall em 2013, quando foi comprado por Jeff Bezos, dono da Amazon. O número de assinaturas digitais não é divulgado de maneira aberta, mas essa cifra (1,5 milhão) é sempre citada por pessoas que têm familiaridade com a operação.

Os 3 jornais ainda enfrentam dificuldades para estabilizar suas receitas e garantir que o modelo adotado será sustentável. O Times cobra US$ 15 por mês pela sua assinatura online básica. O preço do Post é US$ 10 por mês. O Journal é o mais caro: US$ 39 por mês.

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Foto: Divulgação.



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