06/02/2022 - Atualizado há 1030 dias.
Muito se fala sobre a importância da democracia, o valor da liberdade de expressão e o direito de pensar livremente e agir conforme, sem as amarras da censura. Mas, e quanto ao direito do outro de ter um outro olhar sobre como seria um mundo melhor.
Redação do Portal l R4.
EDITORIAL - Se realmente somos defensores da democracia, precisamos considerar que o pensamento diferente do nosso, deve ser aceito naturalmente e se houver luta, que seja tão somente no campo das ideias, afinal, se o meu semelhante não torce para o meu time, isto é bom. Como haveria jogo se não houver um adversário do outro lado do campo.
No entanto, na prática, o que vemos no cotidiano, principalmente no ambiente virtual, são saraivadas de ofensas vindas muitas vezes de gente que diz defender a democracia, num misto de péssimo português com uma capacidade insuperável de agredir ao outro, apenas porque não concorda com ele.
Aonde está escrito que a democracia pressupõe apenas o seu direito de pensar como queira e o outro não. Se eu não concordo com algo e sou um defensor da democracia, eu não deveria considerar que existe um pensamento diferente do meu e para tanto preciso lidar com isto.
A frase não é minha, mas é do filósofo iluminista francês Voltaire (1694-1778): "Não concordo com uma só palavra que dizes, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-las". Isto deveria por si só encerrar o assunto, mas com o passar do tempo e em especial nos dias de hoje, a máxima defendida há tanto tempo atrás, ainda se faz necessária continuar sendo lembrada em face da dificuldade das pessoas em não achar bonito o que não é espelho.
Clique aqui e conheça nossa página no FACEBOOK, curta e compartilhe com seus amigos.
No caso específico da política, ambiente no qual o ódio é alimentado pelo simples fato de uns não concordarem com os outros e vice-versa, estaremos assistindo ao verdadeiro teatro dos horrores e o que se pode esperar para um futuro breve, quando o processo eleitoral ganhar as ruas, deverão ser cenas deprimentes de pessoas civilizadas se comportando como se não fossem - por conta de paixões que com toda certeza, está longe de ser o que resolverá o problema de ter ou não ter um país bem governado - e a verdadeira solução passando ao largo, sem que a cegueira imposta pela ignorância, nos permita ver.
Carlos Quartezani é Jornalista, Historiador, Empresário e ex. morador da Cidade de Conceição da Barra-ES.
Portal l R4 –Seu Jornal Online Com Credibilidade.
Foto: Divulgação.