Os arrematantes têm três anos para fazer estudos e comprovar o volume de sal-gema das 11 áreas arrematadas. 

Da Redação.

Os exatos dois anos após realização do leilão das onze poligonais de sal-gema no norte do Espírito Santo, Conceição da Barra, essa riqueza mineral ainda permanece intocada. O subsolo de Conceição da Barra concentra mais da metade da reserva de sal do país, cerca de 20 bilhões de toneladas, que tem potencial de movimentar um mercado bilionário na economia capixaba.

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De acordo com Márcio Félix, sócio da EnP Energy, uma das empresas que arrematou áreas de sal-gema, “deste modo o grande problema da viabilidade dos empreendimentos minerários no Brasil é a burocracia, o próprio governo que puxa o freio de mão do setor.  A Agencia nacional de mineração senta nos processos gerando uma grande reserva de áreas que não produz nada, um simples despacho de autorização de pesquisa já vi demorar até 3 anos”, frisou Márcio.

“A exploração de sal-gema é uma oportunidade relevante para o Espírito Santo e em especial para Conceição da Barra, que está adormecida desde os anos 1980. O estado tem 70% da reserva de sal-gema do país, que é um volume muito grande mesmo frente a toda a demanda nacional. Com os leilões, temos perspectivas de que esse projeto possa andar”, frisou Márcio Félix 

Portanto, a camada de sal-gema é a que separa o pré-sal do pós-sal, nomes conhecidos na indústria do petróleo. Essa crosta adentra o continente no Espírito Santo e em algumas partes do Nordeste. A extração é feita com a injeção de água quente, por um processo de dissolução do sal. Os derivados do sal gema, como soda cáustica e cloro, tem aplicações nas indústrias de papel, vidro, farmacêutica, química, têxtil e até no saneamento básico.

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