16/11/2023 - Atualizado há 372 dias.
Em um esforço internacional de sensibilização e conscientização sobre a importância da saúde masculina, a campanha Novembro Azul se estabeleceu como um marco anual. O propósito é incentivar a população masculina a cuidar de sua saúde, destacando a relevância da realização de exames preventivos para a detecção precoce do câncer de próstata.
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O câncer de próstata, apesar de não ser a principal causa de internações e óbitos em homens, é, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o tumor de maior incidência entre a população masculina no Brasil. Nesse contexto, o estado do Espírito Santo não está isento dessa realidade preocupante.
De acordo com as estimativas do INCA para 2023, o estado deve registrar 1.740 novos casos da doença, um número expressivo que merece atenção. Dados do Painel de Oncologia mostram que, até a primeira quinzena de outubro de 2023, já foram diagnosticados 581 novos casos da doença na região. No ano anterior, em 2022, esse número alcançou 1.096 novos diagnósticos. Em ambos os anos, o câncer de próstata figurou como o segundo câncer mais comum entre os homens capixabas.
O médico urologista da Oncoclínicas Espírito Santo, unidade Medquimheo, Bruno Costa do Prado, destacou a relevância da prevenção e do diagnóstico precoce. "O câncer de próstata é um problema de saúde que atinge milhares de homens todos os anos. O fato de ser o segundo câncer mais comum no Espírito Santo é um alerta para a necessidade de conscientização e cuidado. A única forma de garantir a cura é a detecção precoce, através de exames de rotina, como o toque retal e o PSA (Antígeno Prostático Específico), que são fundamentais para o diagnóstico", afirmou o médico.
No que se refere à mortalidade, com dados ainda preliminares, o câncer de próstata ocupa o sétimo lugar entre as principais causas de óbito em homens no Espírito Santo em 2023, resultando em 251 mortes pela doença. No ano anterior, em 2022, estava em nono lugar, causando 327 mortes, conforme registros do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM).
"É fundamental que os homens estejam cientes dos riscos, estejam dispostos a realizar os exames de rotina e busquem orientação médica. A prevenção e o diagnóstico precoce são nossas maiores armas na luta contra o câncer de próstata", acrescenta o especialista.
O câncer da próstata, em sua fase inicial, não apresenta sinais e se desenvolve de forma silenciosa. Os sintomas só costumam aparecer quando a maior parte dos tumores se encontra em fases mais avançadas. Nessa situação, os sintomas mais comuns são sensação de que a bexiga não se esvaziou completamente; dificuldade de iniciar a passagem da urina; necessidade de fazer força para manter o jato urinário; sensação de dor na parte baixa das costas ou na pélvis (abaixo dos testículos); dificuldade em conseguir ou manter a ereção; sangue na urina ou no esperma (mais raramente); dor ao ejacular; dor nos testículos.
Lembrando que esses sintomas não são exclusivos do câncer de próstata e podem acontecer em outras doenças. Quando ocorre o desenvolvimento de metástases, no qual o tumor se espalha para outras partes do corpo como ossos, fígado e pulmão, sintomas como emagrecimento, inapetência e dores severas podem ocorrer.
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Por ser um tumor que se desenvolve silenciosamente, os exames preventivos são fundamentais para a detecção precoce do câncer de próstata. São dois os exames utilizados: o de sangue e o clínico. No exame de sangue, é feita a medição do Antígeno Prostático Específico (PSA), uma enzima produzida pelas células da próstata. O aumento na concentração do PSA pode sinalizar possíveis alterações na próstata, não se limitando apenas ao câncer, mas também servindo como indicativo para outras condições, como prostatite e hipertrofia benigna da próstata.
“A abordagem diagnóstica inicial mais eficaz é combinar o exame de sangue com o toque retal. Em caso de detecção de alterações, a ressonância nuclear magnética multiparamétrica da próstata é uma ótima ferramenta para a decisão sobre a realização da biópsia da próstata”, comenta Bruno.
As alternativas terapêuticas para o enfrentamento do câncer de próstata dependem do estágio da doença. A conduta a ser definida pelo médico é sempre individualizada. No geral, para doença localizada, que só atingiu a próstata, o esquema padrão é cirurgia e/ou radioterapia. O acompanhamento, também chamado de vigilância ativa, é uma das opções preferenciais no caso da doença de baixo risco (tumores classificados como pouco agressivos).
Para a doença localmente avançada, o protocolo de tratamento pode incluir radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal. Em casos de doença metastática, o tratamento mais indicado é a terapia hormonal e quimioterapia.
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R4/Com informações da P6comunicação.