23/12/2021 - Atualizado há 1042 dias.
O Espírito Santo responde por 78% das exportações de blocos de granito do Brasil e é fundamental fortalecer a logística para escoamento dessa produção, segundo observa Celmo de Freitas, presidente do Sindicato da Indústria de Beneficiamento de Mármore e Granito (Sindirochas Espírito Santo).
Rogério Oliveira
Redação l Portal R4
ECONOMIA - As rochas ornamentais extraídas no Espírito Santo são conhecidas mundo afora e a logística de exportação do produto está ganhando importante reforço. Portocel, terminal localizado em Aracruz (ES), passa a fazer parte da rota dos navios que embarcam o produto. Para apresentar ao mercado a sua infraestrutura de recepção e armazenagem de blocos de granito, o terminal recebeu recentemente um grupo de representantes do segmento, incluindo produtores, exportadores, armador, agência marítima e a empresa Triple Line, que tem sede no Canadá e responde sozinha por quase metade da movimentação mundial de blocos.
A Triple Line é a empresa que vai utilizar a infraestrutura do Portocel para fazer a movimentação de blocos com embarques nos navios do armador Saga Welco. As negociações entre o terminal capixaba e a empresa começaram há cerca de dois anos e ocorreram à distância, conforme as exigências da pandemia. Mr. Lee, CEO da Triple Line e um dos participantes da visita ao porto, conheceu o terminal de perto e se disse impressionado com a organização, estrutura e a forma cooperativa como o porto atua.
O primeiro embarque de rochas está previsto para ocorrer ainda em dezembro e deve movimentar cerca de 16.500 toneladas, segundo informou ele, que abastece principalmente os mercados da Índia, África e China e tem planos de ampliar gradativamente a movimentação.
A entrada de Portocel na rota do granito faz parte da estratégia de iversificação do porto, que realizou recentemente o primeiro embarque de ferro gusa, outra carga que é novidade no terminal. “Temos atuado para buscar parceiros com os quais possamos construir alianças genuínas, oferecendo soluções logísticas que estejam em linha com as necessidades do mercado e que contribuam para o fortalecimento da nossa estratégia de atuar como um porto de negócios”, afirma Júlio César Lourenço, da área de novos negócios de Portocel.
O gerente geral de Operações Portuárias de Portocel, Alexandre Billot Mori, destaca que a movimentação de granito, assim como a de ferro gusa, são marcos importantes na consolidação do porto como um terminal multicargas. “Estamos atentos às necessidades do mercado. Podemos receber navios de maior calado e operamos com excelência para atender os atuais e futuros clientes”, pontua ele.
Para o segmento de rochas ornamentais, a entrada de Portocel como solução logística para escoamento da produção de blocos é um reforço importante. “Temos um volume grande de exportação de blocos e de chapas pelo Espírito Santo e poucas opções de portos que podem receber navios maiores. Portocel é uma grande alternativa para a movimentação de blocos”, destaca Tales Pena Machado, presidente do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas), acrescentando que o Brasil tem uma riqueza geológica fantástica e que as exportações do setor cresceram mais de 30% neste ano.
A Saga Welco é a companhia parceira da Triple Line na movimentação de blocos de granito via Portocel. O superintendente de cargas da empresa, Breno Paz, avalia que Portocel reúne todas as condições para se consolidar na rota do granito. “Já operamos aqui carregando celulose e fio máquina e confiamos que também teremos com o granito uma operação segura e tranquila”, afirma ele.
Celmo Freitas - Sindirochas, Júlio Lourenco - Portocel, Mr Lee -Triple, Tales Machado - Centrorochas - Foto: Deivid Alexandre.
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Foto: Rogério Sarmenghi.
Fonte: Rogério Gomes/P6 (Comunicação).
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